Na terça-feira (26), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) participou da instalação da Primeira Mesa de Negociação Setorial do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo da mesa é discutir e analisar assuntos relevantes da área de saúde, incluindo a necessidade da realização de concurso público no Ministério da Saúde, revisão salarial e investimentos na rede hospitalar do Rio de Janeiro para garantir o bom funcionamento estrutural e o abastecimento adequado, sem comprometer a qualidade da assistência.

O evento de instauração reuniu representantes do governo e da bancada sindical, contando com a participação de representantes do Ministério da Saúde, como a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas, Etel Matielo, e o coordenador-Geral de Regulação e Relações de Trabalho na Saúde, Benedito Augusto de Oliveira.

O Dr. Jorge Sale Darze, diretor de Relações Institucionais e Sindicais da Fenam, esteve presente no encontro e destacou a rejeição unânime de todas as propostas apresentadas até o momento que visavam entregar os hospitais do Ministério da Saúde, no Ri de Janeiro, ao setor privado. Ele exemplificou com a entrega de hospitais federais à administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

“Não adianta buscar alternativas inconstitucionais. A solução para o atual cenário é simples: realizar um novo concurso público, estabelecer carreira e oferecer uma revisão salarial para que os servidores do Ministério da Saúde possam trabalhar de maneira digna. O que os médicos da pasta querem é o respeito do poder público, materializado através de uma remuneração decente e condições adequadas de trabalho. E é na busca por essas condições que a Mesa de Negociação vai atuar”, detalhou Dr. Jorge S. Darze, médico do Ministério da Saúde há mais de 45 anos.

A próxima reunião da Mesa de Negociação Setorial do Estado do Rio de Janeiro está marcada para o dia 24 de abril, quando a bancada sindical formalmente apresentará suas propostas de pauta.

A expectativa é de que essas discussões possam contribuir significativamente para o aprimoramento do sistema de saúde no Rio de Janeiro, promovendo melhores condições de trabalho para os profissionais e, consequentemente, um atendimento mais eficaz e humanizado para a população. O diálogo contínuo entre as partes envolvidas é essencial para alcançar um consenso que beneficie a todos os envolvidos, consolidando assim um serviço de saúde mais justo e equitativo para todos.