Médicos do Estado entram em greve por melhorias em hospitais

22 de dezembro de 2017

Os médicos dos hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e da Fundação Hemominas iniciaram nessa quinta-feira (21) uma greve conjunta das atividades após uma assembleia realizada no Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG). Apesar da paralisação, o atendimento às urgências e emergências está mantido nas unidades de saúde.

Reivindicações 

De acordo com o Sinmed-MG, a categoria luta por melhores condições de trabalho para que possa bem atender a população. “Os hospitais da rede do Estado estão sucateados e precisando de reformas urgentes. Lutam também por pagamentos em dia, fim do parcelamento dos salários e melhorias salariais”, diz nota enviada pelo sindicato.

Na próxima quarta-feira (27), haverá nova assembleia no sindicato, às 19h para avaliar o retorno dos gestores e decidir os rumos da greve.


Funcionamento

Ficou estabelecido pelos grevistas que cada unidade vai interromper as atividades de acordo com as especificidades do hospital. O Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e o Julia Kubitschek, por exemplo, realizam triagem para que sejam atendidas só as urgências e emergências. O João XXIII só atende, durante a grave, pacientes da região Centro-Sul.

Cirurgias eletivas – aquelas que foram programadas – para o período foram suspensas, assim como o atendimento ambulatorial de casos sem urgência. Outras unidades, como o Hemominas, reduziram em 50% o número de pacientes triados para doação de sangue e no ambulatório foram suspensos os agendamentos para pacientes externos e agendamentos de primeiras consultas.

No Hospital Infantil João Paulo II, o ambulatório de especialidades não recebe pacientes novos de outras regionais, a internação não acolhe pacientes via central de leitos exceto das linhas de cuidado internas da unidade e pacientes com necessidade de isolamento, No pronto-socorro do hospital, os pacientes classificados com fichas verdes e amarelas são atendidos no esquema de um paciente por médico por hora.

Os médicos também decidiram não assinar as folhas de produtividade, não emitir a Autorização de Internação Hospital (AIH) e as solicitações de autorização de procedimentos de alto custo para realização de exames e procedimentos dentro da Fhemig.
Fonte: O tempo 

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