FENAM repudia proposta da Ebserh

29 de maio de 2018
Desde o ano passado, a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) vem negociando com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para tratar do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. No entanto, a empresa não atendeu as propostas reivindicadas pelos profissionais de saúde. 
 

No dia 17 de maio, a Ebserh fez uma proposta de reajuste de 60% do INPC e ficou mantido todas as cláusulas sócias. No entanto, iriam dar dois meses de retroativos, excluindo os outros 11 meses de 2017, o que não foi aceito pela categoria. Dessa forma, no dia 25 de maio, a empresa fez uma nova proposta de oferecer um abono de R$ 1800 para todos os servidores, excluindo assim os outros 11 meses. Isso causaria um prejuízo de 7 a 8 mil reais aos médicos da Ebserh. 
 

A FENAM tem participado de todas as rodadas de negociações com a Ebserh e tem percebido que embora as entidades sindicais, que representam os trabalhadores da empresa, venham algum tempo defendendo a pauta de reivindicações aprovada em assembleia geral. Merece destaque que a empresa vem seguindo as diretrizes do governo federal, que congela os gastos durante 20 anos, jogando nas costas de seus trabalhadores o ônus de buscar o tão propalado ajuste fiscal. O presidente da FENAM diz que as entidades não aceitarão esse tratamento e vão apoiar o movimento de paralisação que está sendo proposto para iniciar no dia 5 de junho.
 

O último reajuste que a empresa fez foi em 2016. Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) é lamentável perceber, diante desta proposta, que a saúde pública não tem prioridade na pauta deste governo. Os hospitais universitários são os únicos responsáveis por atendimentos de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. Porém, aqueles que diuturnamente trabalham para que esses atendimentos sejam realizados não são valorizados. Os empregados da Ebserh não aceitarão nenhuma discussão sobre o ACT 2017/2018, que aguarda julgamento de dissídio coletivo de cláusulas econômicas no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 

A Associação Nacional de Advogados da Ebserh (Anadeb) diz em nota que é legitima a paralisação diante da “proposta desleal e desrespeitosa de retirada dos efeitos retroativos das cláusulas econômicas”.  
 

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