A religião na história II – Artigo de Geraldo Ferreira

Artigos27 de outubro de 2017
A religião na história II – Artigo de Geraldo Ferreira

Se há no ser humano um penoso senso de imperfeição moral, o pecado é central na mensagem de salvação das religiões. É a aversão ao pecado que reforça a coesão e fortalece a Igreja. Paulo, magistralmente lista aos Gálatas que evitem fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, brigas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, dissenções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Para Robert Wright em A Evolução de Deus, salvo feitiçaria e idolatria, que se referem à teologia, bebedeiras e orgias, que tornam as pessoas irresponsáveis e improdutivas para a sociedade, ou excessos sexuais como fornicação e libertinagem, que poderiam ameaçar a congregação, ameaçando casamentos, os outros itens a evitar claramente são desagregadores e desvios da mensagem central do Cristianismo, o amor fraterno. A crítica feroz de violência, intolerância ou fanatismo, incentivadas por suas escrituras, segundo Daniel Dennett , é contrastada com passagens sapienciais, de paz, misericórdia e perdão. O Alcorão, apesar da frequência de passagens beligerantes, ou dos versículos Jihadistas, onde se lê foi ordenado a lutar contra todos os homens até eles dizerem não há deuses senão Deus, que se matem os politeístas onde quer que os encontrem, que abordam o tormento dos inimigos do Islam, enaltece os que contêm o rancor e indultam as outras pessoa – e Deus ama os benfeitores,  revida o mal com o que é melhor, saúda os oponente com paz, são retos convosco sede retos com eles, por certo Deus ama os piedosos, se eles se inclinam à paz, inclina-te também a ela, e confia em Deus, quiçá Deus faça existir a boa vontade entre vós e aqueles com quem vos inimizastes, Deus é onipotente, e Deus é misericordioso. Christopher Dawson diz que são frágeis e vulneráveis as barreiras que separam a civilização da barbárie, e  que são os elementos racionais e espirituais de uma cultura que determinam sua atividade criativa. Para Robert Wright, as escrituras tem sua importância, podendo moldar o comportamento, embora se diga que é mais comum o comportamento moldar a interpretação das escrituras. Quando as pessoas estão impelidas a um propósito, buscam motivos que as justifiquem. O Deus severo da Bíblia hebraica, que manda passar inimigos no fio da espada, é o mesmo Deus do amarás o teu próximo como a ti mesmo, que veio a tornar-se o pilar bíblico do internacionalismo, do conceito de fraternidade mundial e da igualdade essencial de toda humanidade.

Geraldo Ferreira Filho
Publicado em 27/10/2017 no Novo Jornal 

Fonte: Sinmed-RN

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