Dia do Médico
Um diagnóstico bem feito, uma doença evitada, uma doença tratada, a saúde restabelecida, a tranquilidade no rosto de seu paciente. Nada traz maior realização para o médico do que fazer muito de bom, sentir-se útil e ser um instrumento para abençoar a vida das pessoas ao seu redor. Diz um ditado popular que quando fazemos o mundo ao nosso redor um pouquinho melhor, automaticamente nos tornamos melhores pessoas.
Ser reconhecido como um bom médico é motivo de alegria, mas promover a saúde de seu paciente e saber que fez tudo ao seu alcance é motivo de regozijo ainda maior. Na frase atribuída a Hipócrates: curar algumas vezes, aliviar quase sempre, consolar sempre. Quem cuida de outras pessoas ou quem é mãe ou pai sabe que o bem-estar de nossos filhos ou de quem está sob nossos cuidados está acima de qualquer sacrifício.
Ser médico nos dias de hoje está cada vez mais difícil. O avanço tecnológico e científico, políticas de saúde equivocadas ao longo de anos e múltiplos interesses econômicos em jogo deixam o cenário da profissão médica em constante mudança. Lidar com todas estas vicissitudes exigem mais do que conhecimento técnico e científico; demandam habilidades interpessoais como trabalho em equipe, solução de conflitos e empatia (capacidade de entender os sentimentos dos outros).
A saúde e o bem-estar estão no centro das preocupações do ser humano, consigo mesmo e para com seus familiares. É um dos bens mais valorizados e, algumas vezes, um trabalhador, se tiver opção é claro, escolhe um emprego que tenha como benefício a cobertura de um plano de saúde. Quem não tem um plano de saúde por uma empresa ou entidade acaba por comprometer boa parte do seu orçamento. Apesar de termos uma das maiores cargas tributárias do mundo, o serviço público não entrega, através do SUS, o que deveria, ou seja, a oferta de serviços é escassa e a qualidade é baixa.
Muitas vezes, a população só enxerga o que está à sua frente. Não consegue ver o que está por trás. Explico: o sol é 400 vezes maior que a lua, ou seja, é como se comparássemos uma cabeça de alfinete a uma bola de basquete; no entanto, em algumas ocasiões e em determinados pontos, a lua pode cobrir totalmente o sol, como quando ocorre no eclipse total. Por que isto acontece? É porque o sol está quatrocentas vezes mais distante da terra do que a lua.
Da mesma forma, é comum atribuir-se a deficiência do sistema de saúde ao médico, porque ele está à nossa frente. Precisamos enxergar o que está por trás disso tudo: políticas desastradas de saúde, a falta de programas de assistência integral, a abertura desenfreada de escolas médicas, a importação de médicos sem comprovação da qualidade (REVALIDA), falta de materiais e medicamentos e precárias condições de trabalho. Todas as medidas que tem sido adotadas só servem para “tapar o sol com a peneira”, é como querer tratar uma fratura exposta com um “band-aid”.
O Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed) luta pela dignidade do médico e pela saúde da população. Repensar a saúde sem os vieses políticos e interesses de determinados grupos é de fundamental importância. Somos a favor de um Plano de Carreira de Estado para o Médico, da mesma forma que há a Carreira de Estado para o Magistrado (juízes) e para o Ministério Público (promotores), que dê segurança ao trabalho do profissional, a possibilidade de reciclagem, a progressão por antiguidade e por merecimento, sem ficar sujeito às vontades políticas; somos também a favor de uma medicina integrada à comunidade, no qual o médico não seja um mero “apagador de incêndios”, mas um instrumento da efetivação da saúde e do bem-estar da população.
Neste dia 18 de outubro, o Sindmed parabeniza a todos os médicos que, sem medir esforços, se dedicam ao serviço por amor ao próximo. Feliz Dia do Médico.
Alberto Toshio Oba
Presidente do Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná
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