Campanha Outubro Rosa e o combate ao câncer de mama

3 de outubro de 2017

No dia 19 de outubro é celebrado o Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama. Para estimular a detecção precoce da doença e conscientizar a população, começa, neste mês, a campanha Outubro Rosa, que tem o objetivo de fomentar ações de prevenção ao câncer de mama, estimular mulheres a realizarem os exames de mamografia com frequência – sobretudo após os 40 anos de idade – e, especialmente para a campanha de 2017, empoderar mulheres que já foram diagnosticadas. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer com maior incidência no Brasil, atrás somente do câncer de pele. Correspondendo a aproximadamente 25% dos novos casos de câncer no mundo, a doença precisa ser detectada o quanto antes para não provocar consequências graves. 

Segundo estimativas do Inca, cerca de 960 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2017. Destes, aproximadamente 60 mil novos casos são de câncer de mama. A doença consiste de uma multiplicação exagerada de células mamárias, que acaba gerando um tumor. O desenvolvimento pode ocorrer de forma lenta ou rápida, motivo pelo qual o diagnóstico precoce, muitas vezes por meio do autoexame, é essencial.
Todas as mulheres devem criar o hábito de observar e tocar as próprias mamas para serem capazes de detectar qualquer tipo de alteração. Os principais sinais do câncer de mama são: Caroço (nódulo) fixo, endurecido e indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou com consistência similar à casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquidos dos mamilos. Além do autoexame, é importante que as mulheres façam mamografias de rastreamento (quando não há sinais ou sintomas), principalmente a partir dos 40 anos de idade.
 
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados. Para prevenir, é preciso manter hábitos saudáveis, com atividade física regular e alimentação equilibrada, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Para as que decidirem ser mães, a amamentação também funciona como forma de prevenção. Mulheres que possuem fatores de risco genéticos e hereditários precisam ter ainda mais atenção às alterações nas mamas, uma vez que são consideradas como pacientes de risco elevado de desenvolver o tumor. 

Após diagnosticado, o câncer de mama pode ser tratado de inúmeras formas, dependendo do caso e da gravidade em que se encontra a paciente. As formas mais conhecidas são por meio de medicamentos, quimioterapia e cirurgia nas mamas. 

A Secretária de Comunicação da FENAM, Dra. Lúcia Maria de Sousa A. dos Santos, destaca a importância da conscientização acerca do câncer de mama: “A campanha Outubro Rosa é importantíssima para as mulheres e deve ser abraçada por todos nós. Ela salva a vida das nossas mulheres, das nossas mães, irmãs, esposas e filhas”, diz. “É uma campanha que tem que estar em toda a mídia não só no mês de outubro, mas no mês de outubro singularmente”, complementa.

O Movimento         

O movimento Outubro Rosa teve suas origens na década de 1990 nos Estados Unidos da América. Hoje comemorado em todo o mundo, ganhou popularidade quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure, instituição focada em arrecadar dinheiro para a cura do câncer de mama, distribuiu lacinhos cor-de-rosa aos participantes da primeira Corrida pela Cura, em Nova York, no ano de 1990.

Dessa forma, vários estados norte-americanos passaram a adotar a campanha de conscientização ao câncer de mama, fazendo ações de incentivo à realização de mamografias no mês de outubro. Pouco tempo depois, o Congresso Americano adotou outubro como o mês nacional de prevenção do câncer de mama.

No Brasil, a primeira iniciativa relacionada ao Outubro Rosa foi em 2002, quando foi colocada uma iluminação rosa no monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista, o obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.

 Campanha 2017

Neste ano, o tema sob o mote “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a ação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer os direitos que garantem acesso ao diagnóstico e tratamento. 

De acordo com a organização European Patients Forum, empoderar as pessoas que lutam contra o câncer promove o desenvolvimento e a implantação de políticas, estratégias e serviços de saúde, direcionados a capacita-las para envolverem-se na gestão de sua condição.

“Essa abordagem amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle”, afirma a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA.

 

 
 Fonte: FENAM, com informações do Portal Brasil e Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

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