Diretoria da FENAM participa do encerramento das atividades da Somerj

5 de dezembro de 2017

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Jorge Darze, e o diretor de benefício e previdência, Dr. Clóvis Abrahim, participaram, no último fim de semana, da solenidade de  encerramento das atividades letivas da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj).

Durante a tarde de sábado houve o Conselho deliberativo que discutiu a realidade do país e do Rio e Janeiro, além de aprovar algumas propostas na agenda da Somerj para o resto do ano.  Em sua fala,  Darze destacou a grave situação dos hospitais do Rio. “Os governos agem com total descaso com os trabalhadores e com a população. Os salários estão há meses em atraso e as Unidades de Saúde sucateadas e sem itens mínimos necessários para o atendimento digno. Nós não podemos nos calar e continuaremos na luta por nossos direitos”, disse. 

O dirigente também fez um resumo dos principais projetos de lei que atingem os médicos e que estão tramitando no atualmente no Congresso Nacional. Além disso,  fez uma proposta de um encontro estadual das entidades médicas, e todos aprovaram, inclusive o Conselho Regional do Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), também presente no evento. 

Na parte da noite, houve uma solenidade em homenagem aos médicos destaques do ano. O cirurgião oncológico, Dr. Alfredo Guariche, foi um dos condecorados e, durante seu discurso, falou que ficou muito emocionado de ter sido homenageado e fez um breve relato sobre a atual situação da Saúde brasileira. 

Leia um trecho do relato sobre a Saúde Pública 
“ O que tá havendo é uma enorme destruição do sistema de saúde e o médico, de alguma maneira, por sua enorme responsabilidade, está sofrendo muito com isso.

É exagerado o número de faculdades de medicina. O Brasil é o segundo país no mundo no número de escolas médicas, perdendo apenas para a Índia. Isso é um absurdo! Mas o maior problema do nosso sistema está na corrupção. 

 Outro problema gravíssimo  é a destruição do Sistema Único de Saúde (SUS)  que é o responsável pelo maior programa mundial de vacinação e pelo programa vitorioso na luta contra a AIDS. Além disso, o Brasil é o segundo país no mundo pelo número de transplantes de órgãos, todos realizados com patrocínio do SUS. Então, o que ocorre na verdade? Na verdade, é um desaparelhamento de hospitais e de recursos humanos. Nossos hospitais públicos, principalmente os hospitais universitários, sistematicamente, vem sendo deixado de lado e a política de recursos humanos é fundamental para que tenhamos um bom time. É importante lembrar que a maioria das pessoas que hoje atuam na saúde complementar, principalmente os grandes médicos, tem  uma enorme atividade no SUS.

Qual é a solução para essa situação que nós vivemos? A coisa pode ser mais simples que pareça. É preciso transparência dos dados. As entidades médicas têm inúmeros estudos mostrando as causas dos problemas e esses problemas decorrem da falta de uma política adequada de recursos humanos”, finalizou . 
Fonte: FENAM

Related Posts

0 0 votes
Article Rating
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Notícias Recentes

Fenam participa da instalação da Primeira Mesa de Negociação Setorial do SUS no Rio de Janeiro
Conselho Deliberativo da AgSUS discute Política de Gestão e Contas Anuais em Reunião
Saúde Suplementar: Fenam Participa de debates fundamentais Fórum Nacional
Audiência Pública no Senado Federal debate piso salarial dos médicos
0
Would love your thoughts, please comment.x