Médicos da Ebserh do Paraná aprovam reivindicações para Acordo Coletivo de Trabalho

27 de setembro de 2017
O Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) realizou assembleia com os médicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que faz a gestão do complexo hospitalar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2018, nessa terça-feira (26), em Curitiba (PR). 
 

A pauta, que foi aprovada pelos médicos presentes, abordava as condições de trabalho, a carga horária e a remuneração, sendo o piso da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) de R$ R$ 13.847,93 para 20 horas semanais de trabalho, o valor referencial. 
 

Foram denunciadas também a abusividade do controle da carga horária aos médicos que fazem a atividade assistencial e pedagógica. Porque, segundo os profissionais, a Ebserh não reconhece o tempo de trabalho, quando o médico se dedica ao ensino. Para o presidente da FENAM, Dr. Jorge Darze, “Isso é um absurdo, porque eles precisam de tempo para acompanhar os residentes e alunos, inclusive para preparar essas aulas. A Ebserh contabiliza tudo como atividade assistencial e esse tempo dedicado a magistério não é contabilizado a sua carga horária”, declara. 

O presidente do Simepar e secretário-geral da FENAM, Dr. Mario Ferrari, considerou a reunião produtiva. “Aspectos como pagamento pela preceptoria, sobreaviso, controle de presença por biometria e outros foram aprovados em pontos da pauta de reivindicações”, relata Ferrari. 

 

Para secretário-geral o próximo passo após a assembleia é reapresentar a pauta para a superintendência da Ebserh e convite para mesa de mediação junto à superintendência regional do trabalho no Paraná.
 

Assim como Ferrari, o primeiro tesoureiro do Simepar e secretário de Benefício e Previdência da FENAM, Dr. Darley Rogério Wollmann Jr, considerou a reunião produtiva. “Os médicos compareceram na assembleia e denunciaram sobre o conflito existente entre o trabalho da assistência e ensino, do ponto eletrônico, hora extra, a existência de materiais de péssimas condições, falta de medicamento e outros. Foram mais de 60 pontos de reivindicações”, diz o secretário da FENAM.
 

Diante disso, Wollmann, da mesma forma que os médicos presentes, acredita que a Ebserh não cumpre o papel para a qual foi designada. 
 

Participou também da assembleia o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) e vice-presidente da FENAM, Dr. Mario Vianna.  
 

Além dos médicos do Paraná, na noite desta quarta-feira (27), haverá uma assembleia com os médicos do Distrito Federal (DF) para também tratar do ACT da Ebserh. 
 

Greve
 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) assumiu o papel de mediação da crise. Dessa forma, a greve foi suspensa. No entanto, caso a mediação não produza os efeitos necessários o movimento nacional irá retomar a greve no Paraná. 
 

Fonte: FENAM 

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