FENAM negocia com presidente da Ebserh e ministro da Educação Acordo Coletivo de Trabalho

6 de junho de 2018
O presidente da Federação dos Médicos (FENAM), Dr. Jorge Darze, junto com o secretário de Finanças, Dr. Geraldo Ferreira, o diretor de Saúde Suplementar, Dr. Antonio José, e representantes de outras entidades estiveram em audiência, nessa terça-feira (5), com o ministro da Educação, Rossieli Soares, e o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Kleber Morais, para discutir sobre o Acordo Coletivo de Trabalho e a paralisação dos trabalhadores da empresa. 

O presidente da FENAM disse que a responsabilidade da greve não é dos trabalhadores e sim da empresa. “Essa greve só ocorreu em função da negligência assumida pela Ebserh na condução dessa negociação e os trabalhadores dessa empresa não tiveram outra opção a não ser recorrer à paralisação. Nesse contexto, os empregados conquistaram a presença do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que ajudou a construir a proposta que foi analisada hoje por todos nós. Resta agora aos médicos e demais trabalhadores da empresa avaliarem a proposta e decidir se aceita ou não o acordo”, expôs. Darze disse ainda que a nova proposta precisa ser discutida em assembleia.
 

Além da Fenam, esteve presente também a vice-presidente da Federação Nacional dos enfermeiros (FNE), Shirley Marshal, que afirmou sobre a vontade de negociar com a empresa. “Enfermeiros têm vivenciado situações extremas de realidade. Nós cuidamos da saúde do trabalhador, mas quem cuida de nós”, relata.
 

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse que também a categoria está disposta a chegar a um acordo, mas que quatro estados aceitam a nova proposta do TST, mas a grande maioria rejeita.

O Ministro da Educação, Rossieli Soares, mostrou interesse em negociar e fez uma nova proposta para as entidades. “Desejo que possamos avançar nessa agenda”, pontuou. Dentre os tópicos abordados pelo ministro para ser incluído no novo acordo estão ser pago 100 % do ICPA do acordo coletivo referente a 2017, já o retroativo será de 70% dividido em duas parcelas; o acordo de 2018 será de 70 % do IPCA e também fica garantido o pagamento integral do passivo, sendo de março até agora.
 

O diretor de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Antônio José dos Santos, disse que após essa negociação a proposta melhorou muito em relação ao que foi desde o início da greve.
 

A FENAM também conquistou que na mesa de acordo permanente seja incluído o debate sobre a especificidade dos médicos, ou seja, que exista espaço de debate sobre as questões desses profissionais como a presença deles nos congressos, sobre a questão dos médicos que acumulam a função assistência e docência.
 

A coordenadora de desenvolvimento de pessoas da Ebserh, Mara Annumciato, se comprometeu em mandar para os representantes de cada entidade a nova proposta e marcou uma reunião para essa quarta-feira (5), às 17h, na sede da Ebserh. 
 

Fonte: FENAM 

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