Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8 de março

7 de março de 2018

No dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A ideia de se estabelecer uma data para celebrar as mulheres surgiu no final do século XIX e início do século XX, em meio ao emergente movimento feminista que se fortalecia na Europa e nos Estados Unidos da América. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 1975 e simboliza a luta diária das mulheres pela valorização e pela igualdade. 

Por muitos anos, as mulheres tiveram negado a sua inserção na profissão médica.  Foi somente com a Primeira Guerra Mundial que as mulheres passaram a ganhar espaço no meio médico. Apesar de receberem menos honrarias e de serem menos aceitas, as mulheres médicas foram necessárias para substituir os homens médicos que haviam sido convocados para a guerra. No ano de 1922, foi criada a Associação Internacional das Médicas e, na Segunda Guerra Mundial, as mulheres já participavam efetivamente junto ao corpo médico masculino, tanto nas forças militares como nos serviços de urgência.

Para lembrar a data, a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) resgata a história de Rita Lobato, a primeira médica formada no Brasil. Nascida em 1866, em São Pedro do Rio Grande (RS), decidiu que queria ser médica ainda na infância. Após lutar contra o preconceito, conquistou o tão sonhado diploma no ano de 1887, época em que a profissão ainda era exclusivamente composta por homens. Pouco tempo depois, serviu como exemplo para Ermelinda Lopes de Vasconcelos e Antonieta César Dias, que também se tornaram médicas dois anos depois.

Como está o mercado da Medicina em 2018?

Hoje o cenário é outro. De acordo com pesquisa pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em associação ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o número de mulheres que ingressam nos cursos de Medicina já é maior que o número de homens. Entre os médicos com 29 anos ou menos, as mulheres são maioria. Em 2012, essa tendência se confirmou. Dos 51.070 médicos nessa faixa etária, 54,50% são mulheres e 45,50% são homens. 

Seja na Medicina ou fora dela, as mulheres lutaram com extrema determinação e força para conquistar direitos básicos, como o direito ao voto, o direito à inserção no mercado de trabalho e o direito ao acesso ao conhecimento. A FENAM deseja que a data seja lembrada todos os dias e que tanto as mulheres quanto os homens tenham as mesmas oportunidades e direitos, para que, juntos, possam contribuir com o desenvolvimento do país. 

A diretoria da FENAM 

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