INCA convoca doadores cadastrados a atualizar seus dados no site

14 de dezembro de 2017
A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea é celebrada de 14 a 21 de dezembro e tem por objetivo conscientizar para a importância da doação. A data foi criada através da Lei Pietro (11.930/09), em homenagem ao filho do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que morreu de leucemia mieloide aguda. O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) lembra em todos os anos que uma de suas principais necessidades é a manutenção dos dados cadastrais de doadores atualizados. 


“A identificação de um doador compatível é um grande desafio para os pacientes que necessitam de um transplante de células-tronco hematopoéticas e, apesar de termos o terceiro maior registro do mundo, muitas vezes esta doação não ocorre porque não conseguimos localizar o doador compatível em tempo hábil. Assim, é fundamental lembrarmos aos nossos mais de 4 milhões de doadores sobre a importância de atualizarem seus cadastros garantindo que eles serão contactados e poderão realizar a doação, concluindo o gesto de solidariedade que iniciaram com seu cadastramento no REDOME”, explica Danielli Oliveira, coordenadora do REDOME.
 

A constante mobilização para que os cadastros estejam atualizados já vem dando resultado, já que, com o maior número de doadores acessível através de telefones e endereços corretos, é possível agilizar o contato e a confirmação da compatibilidade. Para se ter uma ideia, em 2015, 47% dos pacientes que encontraram um doador compatível para realizar o transplante, finalizaram a procura dentro do prazo médio de 90 dias. Em 2016, 57,3% e em 2017 (dados até novembro) 64,9%. Os números de transplantes também são crescentes: em 2015 foram 299 realizados através de buscas por doadores não aparentados, em 2016 este número alcançou 381 pacientes e até novembro de 2017 foram 349 transplantes. Dez anos atrás, em 2007, o número de transplantes realizados era de 136 no total. 


No entanto, apesar da evolução dos números, ainda é fundamental que a mobilização continue, pois o número de pacientes em busca de transplante de medula óssea é grande. Em 2015 foram 1446 novos casos em busca de doadores, em 2016 um total de 1536, e neste ano já são 1522 novos pacientes que entraram para busca. Ainda existe uma lacuna na procura por doadores relacionada a atualização dos cadastros, já que 30% dos possíveis doadores que apresentam uma compatibilidade inicial com algum paciente não podem ser contatados. 


O transplante de medula óssea é um tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. É realizado através da substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células sadias da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. É indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas). Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratados através de transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores. 


Para se tornar um doador de medula, basta procurar um Hemocentro e retirar um pouco de sangue para testes realizando um cadastro com dados atualizados. Já para atualizar os dados é ainda mais simples, basta acessar aqui.  
 

É necessário: 


– Ter entre 18 e 55 anos de idade.

– Estar em bom estado geral de saúde.

– Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

– Não ter histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso
 

A lista de hemocentros que realiza os cadastros está disponível aqui.  
 

Mais informações sobre doação de medula óssea estão em: www.redome.inca.gov.br 



Fonte: Assessoria de Imprensa – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

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