Situação da Saúde no Rio de Janeiro é debatida na Assembleia Legislativa
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Jorge Darze, participou, nesta segunda-feira (18), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para discutir sobre a grave crise que acomete a saúde do estado.
A reunião foi organizada pela Comissão de Saúde e a Frente Parlamentar da Saúde da Alerj, presididas respectivamente, pelos deputados Fábio Silva (PMDB) e Enfermeira Rejane (PCdoB), e contou com a participação de diversas autoridades, como os deputados federais, Jandira Feghali (PCdoB) e Alessando Molon (Rede-RJ), sindicatos da saúde, conselhos de profissionais, federações, dentre outros.
“A saúde do estado do Rio atravessa uma grave crise. É hora de unir esforços para revertermos esse quadro e melhorarmos as condições atuais das unidades hospitalares fluminenses”, afirmou Fábio Silva.
Darze destacou a importância de o movimento ir para as ruas, assim como o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), fazia anteriormente. “Precisamos ocupar as ruas do Rio de Janeiro, através das associações de funcionários, sindicatos e federações. É importante a união para que se consolide uma agenda em que a gente combine a nossa atuação através de ações judiciais, audiências com o poder executivo, e manifestações nas ruas, pois elas têm papel preponderante”, esclareceu destacando ainda que “nós temos um único caminho, que é a luta”.
Para Darze a audiência pública foi muito positiva, pois muitas propostas foram apresentadas. A Comissão agora irá sistematizar todas as propostas, para colocá-las em prática.
Médicos de Caxias aprovam a continuidade da greve
No final do dia, Darze e os médicos se reuniram, em assembleia realizada pela FENAM, no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), com a presença do presidente da instituição, Dr. Nelson Nahon, o conselheiro Pablo Queimadelos, e o diretor da Federação Nacional dos Médicos Regional Sudeste (Fesumed), Dr. Rogério Carvalho. O movimento grevista foi mantido e marcada nova assembleia para a próxima segunda-feira (25), às 18.30h, no mesmo local.
Já o Sindicato dos Servidores Municipais de Duque de Caxias tem um encontro marcado para esta quarta-feira (20), na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Montagem e Industrial Mármore e Granitos Mobiliário e Vime de Duque de Caxias (Siticommm), em Caxias.
Segundo Darze, a greve vai continuar até que se tenha uma proposta concreta apresentada e assinada pelo prefeito. “Para acabar a greve é preciso que o governo regularize os salários atrasados, devolva o dinheiro dos dias que foram descontados, que é uma situação absolutamente ilegal, já que há uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal de reconhecer que as greves das atividades essenciais são legais. Então a greve de Caxias é absolutamente legal, porque ocorre em função exatamente da ausência ou o atraso do pagamento de salários”, esclareceu.
O dirigente lembrou ainda que vai denunciar os médicos que estão em cargo de gestão e que estão assediando os médicos que estão em greve. “Já denunciamos o secretário municipal de saúde ao conselho de medicina – já foi aberta uma sindicância – e qualquer outro que esteja promovendo algum tipo de assédio aos médicos grevistas. Vamos apresentar a denúncia ao Conselho Regional de Medicina”, disse.
Fonte: FENAM, com informações da Alerj
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