A FENAM vem manifestar seu repúdio às agressões sofridas pelos médicos brasileiros

14 de julho de 2017
Leia a íntegra da Nota Oficial


A farsa do discurso oficial 

 

As matérias jornalísticas que exibem o caos da saúde pública se multiplicam a cada dia. O governo alardeia o falso conceito de que os médicos e demais profissionais de saúde são os responsáveis por esta situação, esquecendo a regra constitucional que estabelece o direito à saúde como dever do Estado.


Apesar das enormes dificuldades, os médicos brasileiros desempenham uma função de grande relevância, mesmo com a precariedade do ambiente de trabalho, assim mesmo, a cada dia que passa, milhões de atendimentos são feitos em todo o país cujos resultados são milhares de vidas salvas. É claro que tudo isso ocorre com enorme sacrifício já que a improvisação expõe este profissional e os nossos pacientes a riscos desnecessários.


Lamentamos as mortes que poderiam ser evitadas. A população sabe quem são os verdadeiros responsáveis de tudo isso que acontece. Pesquisas de opinião revelam que a categoria médica ainda é uma das mais importantes carreiras com credibilidade na opinião pública.


As campanhas patrocinadas por alguns maus gestores tentando atribuir a estes profissionais o ônus da sua incompetência, felizmente não tem encontrado apoio na maioria de nossa população.


O ministro de Estado da Saúde, servidor público número 1 do sistema, deveria ao invés de encontrar os responsáveis por sua incapacidade gerencial, corrigir as graves falhas exercendo a sua obrigação constitucional. Como administrador público deveria não só cumprir as regras existentes, assim como também respeitá-las.

Se valer do seu cargo para atingir uma categoria profissional, que junto com os demais profissionais faz um grande esforço para manter este sistema funcionando, é um grave erro que pode ser caracterizado como, além da ofensa pessoal, também improbidade administrativa.

A civilidade e a urbanidade são princípios e regras da administração pública, que dentre outras, devem ser obrigatoriamente praticadas, caso contrário estaríamos incentivando e expondo estes profissionais a um contexto de violência em que a impunidade seria a regra predominante.


Fingir que trabalha talvez seja a expressão escolhida por um gestor à beira de uma crise de nervos por demonstrar incapacidade em responder aos desafios, transferindo para outros o que talvez melhor se aplique à sua pessoa. 

 

0 0 votes
Article Rating
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Notícias Recentes

Fenam recebe visita do diretor financeiro do Sindicato dos Médicos do Maranhão
Fenam participa da abertura de Sessão Plenária da Comissão Nacional de Residência Médica
Edital Mais Médicos: Retrocesso na Atenção Básica do SUS
Federação prestigia os 195 anos da ANM
0
Would love your thoughts, please comment.x