14/06/2018
14/06/2018
O Hospital Julia Kubitschek, unidade da rede Fhemig, referência em Minas no atendimento de tuberculose, pode fechar as portas nessa sexta-feira, dia 15 de junho. Hoje, dia 14, é o prazo final para que a direção da FHEMIG atenda à principal reivindicação da diretoria técnica e dos profissionais que lá trabalham: o abastecimento imediato de materiais médico hospitalares e medicamentos, sem os quais não é possível manter a unidade funcionando. Hoje no hospital faltam mais de 200 itens, que incluem até luvas de procedimento e fitas de esterilização.
Desde maio, a direção técnica do hospital havia antecipado à Fhemig que a situação era crítica, não recebendo nenhum retorno da Fundação. Em ofício enviado essa semana, eles alertaram o gestor sobre a possibilidade de fechamento dos serviços caso não fosse apresentada uma resposta definitiva para o desabastecimento em 72 horas, prazo que termina hoje.
Não se trata de um movimento grevista: a gravidade da situação está obrigando os profissionais a tomarem atitudes ainda mais extremas, visto que não há como manter o hospital funcionando sem os insumos essenciais.
A direção do Sinmed-MG vem acompanhando a situação de precariedade e abandono do Julia Kubitschek há muito tempo. Em setembro do ano passado, após visita à unidade, o sindicato enviou ao gestor uma lista com problemas do hospital, que incluía número insuficiente de leitos para tratamento intensivo e de isolamento respiratório; necessidade de adquirir monitores multiparâmetros para adequada ventilação; equipamentos obsoletos e danificados; problemas na estrutura do prédio com infiltrações, banheiros entupidos, falta de impressoras, falta de ventilação nos escritórios e quartos; escalas incompletas e superlotação na Unidade de Emergência com pacientes pelos corredores, entre outros.
Da mesma forma, o sindicato não tem medido esforços para denunciar a precariedade das demais unidades da Fhemig, o que envolve principalmente falta de estrutura para que os profissionais exerçam com qualidade o seu trabalho e desvalorização do servidor.
Fonte: Sinmed-MG