BA: Presidente do Sindimed recebe a visita de futuros formandos da Ufba

26/03/2018

BA: Presidente do Sindimed recebe a visita de futuros formandos da Ufba

26/03/2018

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Magalhães, participou nesta sexta-feira (23) de um bate-papo com um grupo de 13 estudantes de medicina que colarão grau em maio pela Universidade Federal da Bahia. Neste encontro, realizado no auditório do sindicato, o dirigente falou sobre vários aspectos da profissão, chamando a atenção para o grave assunto da precarização das relações de trabalho, praticada bem ao largo do que preconiza a legislação trabalhista, por não se dar mediante concurso público nem pela assinatura da Carteira de Trabalho.
 

Foi uma conversa na qual Magalhães falou sobre o que é ser médico dentro de uma realidade que exige muito empenho para vencer obstáculos causados pelas más práticas de gestão e impor respeito perante os empregadores, sejam eles públicos ou privados. Um dos principais problemas hoje enfrentados pelos chamados pejotizados (médicos com contrato na modalidade pessoa jurídica) é, além da ausência de amparo legal, enfrentar os atrasos salariais constantes, quando não o calote puro e simples. Isso obriga o sindicato a recorrer à Justiça frequentemente.

De maneira recorrente, o médico fica no centro de uma guerra de informações divergentes: gestores terceirizados dizem não terem recebido repasse para pagamento enquanto os gestores públicos contratantes garantem que a liberação foi feita. Aliás, é bom lembrar que a gestora terceirizada deve ter, inclusive, um aporte financeiro para ser usado caso isso aconteça, o que lamentavelmente é ignorado pelos empregadores. Tanto neste como em outros tipos de abuso, a importância de um sindicato atuante e focado no interesse do trabalhador é fundamental na luta pela conquista de direitos.

A redução de postos de trabalho é outro problema enfrentado pelos profissionais, que ficam inclusive expostos ao descontentamento da população, uma vez que isto leva à queda da qualidade do serviço oferecido. E isto inclui o risco de ser processado quando é o gestor o verdadeiro causador de graves consequências decorrentes de uma estrutura precária de atendimento. “A população tem que ser nossa aliada”, lembrou o presidente do Sindimed. Diante destes e de outros vários desafios, Francisco Magalhães chamou a atenção do grupo de futuros médicos para a necessidade de união entre os profissionais.

Conquista

E citou a vitória de médicos da UPA de Brotas, que sofreu ameaça de perder o 2º pediatra da noite. O Sindimed encampou uma briga que levou à destituição da diretora da unidade e a manutenção dos direitos. Isso depois de os médicos da assistência pediátrica da UPA (administrada pela empresa INTS) assumirem uma demissão coletiva, como forma de pressão. Outro assunto pontuado por Francisco Magalhães foi a necessidade de o profissional defender a manutenção de uma qualidade de vida a custa de uma rotina cansativa de plantões em diferentes unidades de saúde. Isto numa profissão que exige atualização constante, seja na leitura de novas publicações, participação de cursos de especialização, congressos etc.

Participaram do encontro com o presidente do Sindimed os estudantes Danilo Leite, José Edson, Caio Oliveira, Rodrigo Pimentel, Bárbara Menezes, Juliana Parreira, Milena Reis, Ysis Mata, Tâmia Barreto, Danielli Darrieux, Jéssica Machado, Jair Santana e Fernanda Feitosa. Ao final, os acadêmicos foram convidados a participar de mais uma edição do Projeto Fim de Tarde, espaço aberto a variadas manifestações artísticas toda última sexta-feira de cada mês (antecipada em função do feriado da Semana Santa).

 Fonte: Sindimed-BA

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